sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Imagem da sala 112 da Faculdade de Letras - UFG


ENTRE SEM BATER

Tudo começou com uma conversa banal, sobre meus planos futuros, ou pior, a inexistência deles e meu filho me questionando sobre minha inércia, diante do momento delicado que estava vivendo. Mais que um  incentivador,  ele me fez enxergar que a vida segue e que  dos nossos sonhos, somos nós quem cuidamos. Pensando nisso, fui mexer na minha caixinha de sonhos esquecidos. Voltando a ela, percebi que os sonhos que antes nos pareciam inacessíveis, em outro momento, ficam ao alcance das mãos  como frutas no ponto de serem colhidas.
Após muitas etapas, igualmente difíceis, porém não impossíveis,  o dia da matrícula na UFG, foi para mim, o mais significativo. Não por ser o dia da matrícula, e sim, porque naquele dia conheci a sala 112. Seria nela que eu estudaria naquele semestre. Posso afirmar que foi um momento muito emocionante. Primeiro porque estava com meu filho e ali os papéis estavam invertidos, não era a mãe levando o filho à escola, era o filho levando a mãe. Em segundo,  porque quando parei em frente aquela porta, estava diante de um novo caminho, para  uma nova vida que se abria diante de mim e na qual eu decidira entrar.
Diferentemente do dia da matrícula, a foto mostra uma porta fechada, mas eu sei que não preciso bater,  é só entrar.   

6 comentários:

  1. Sônia,sua postagem me emocionou, viu?! Enchi os olhos de lágrimas... Te parabenizo pela coragem, disposição e não acomodamento, afinal já tem filhos (infelizmente há mulheres que esquecem de si e passam a viver apenas para os filhos), uma vida cheia de outras realizações é bem provável, e nem por isso deixou de sonhar e se empenhar em realizar cada vez mais! é isso aí... também voltei a estudar depois de 15 anos, depois de viver outras e grandes experiências (como morar em outros países), porém me sinto mais viva do que nunca. Achei lindo seu filho te acompanhar no primeiro dia dessa grande jornada! Voe!

    ResponderExcluir
  2. Não é fácil, Sonia! Mas que bom que seguiu seus sonhos e chegou até aqui. Esse foi meu sonho realizado também, e essa sala foi a primeira que peguei aula. Tremia diante dos professores. Hoje, fico pensando, relembrando. É muito bom! Parabéns! E continue persistindo nos seus sonhos. :)

    ResponderExcluir
  3. Sonia seu texto é lindo, emocionante, inspirador. Que bom que você mexeu na sua caixinha de sonhos perdidos, porque ela te mostrou a verdade, a realidade ampla e possível. Também achei maravilhosa a atitude do seu filho de te acompanhar, estar ao seu lado nesse momento tão importante, é uma prova verdadeira de companheirismo.

    ResponderExcluir
  4. Sensação impar mesmo... principalmente no nosso caso que ficamos por um longo período sem estudar, essa sua reflexão me representa também, pois é um recomeço que tem um valor mais que profissional, de realização pessoal e humana.

    ResponderExcluir
  5. Que legal, Sonia. Me fez lembrar do meu primeiro dia, na sala ao lado, 114. Tenho certeza de que nunca sairá de nossas memórias esse momento!

    ResponderExcluir
  6. Uau!!!Como é importante cada detalhe!!!! te admiro! Leio além... além do filho que motivou a mãe... mas, da mãe que ensinou o filho a ser, entender,participar, sonhar, incentivar... e vejo hoje a mãe, a mulher, que colhe frutos de dignidade e honra.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.